Editorial
Outro dia ouvi alguém dizer “mas revista a gente não faz para o leitor, a gente faz para o mercado” Foi demais! O leitor acabara de ser colocado, sem o menor constrangimento, na posição de voyer . Ele que diariamente, na condição máxima do desaviso, vai às bancas e mal sabe que gasta dinheiro para espiar a conversa entre as empresas que editam revistas e os respectivos mercados. Pior, por vezes acredita que aquele editorial foi pensado para ele.
Claro, isso não é de hoje. Um olhar atento às manchetes de capa das várias publicações denuncia a semelhança das pautas, em sua maioria determinadas por tal mercado. E a ilusão de que há diferenças editoriais, se houver tal ilusão, virá do texto – mais ou menos criativo – de cada uma das publicações sobre o mesmo assunto.
A má informação consegue disfarçar-se em acontecimento e por esse motivo pede urgência para ser noticiada. Mas quando falamos em publicações com uma periodicidade mais espaçada, como as mensais, essa má informação fica muito evidente. Nas revistas femininas, por exemplo, é possível reconhecer surtos de matérias que invadem as bancas ao mesmo tempo. São avalanches de métodos anti-celulite (e seus respectivos produtos), alisamentos (e produtos), peles secas (e produtos), e assim por diante....Esses exemplos são bem óbvios, mas não há muita diferença nos outros segmentos, mesmo os mais sofisticados como os de notícias. No final o que prevalece é o mercado persa ( sem o charme e muito menos a clareza de intenções)
Por certo há exceções entre as publicações, mas contam-se nos dedos, talvez de uma só mão.
O meio acadêmico canta essa bola há tempos e lembra que hoje a “informação” está vinculada a categoria de entretenimento e por isso se mantém sob os auspícios da OMC, Organização Mundial do Comércio (vejam só!). Os recentes fóruns mundiais de comunicação – os oficiais - dedicaram a maior parte do tempo para debater novíssimas tecnologias, satélites e afins. Apenas nos fóruns paralelos houve a preocupação de lutar para que a “informação” seja considerada um direito humano e com isso pare de ser discutida como um produto na OMC e passe a ser discutida na esfera da ONU.
O surgimento dos blogs criou a possibilidade, principalmente por aqueles que se dedicam a comentar notícias das mais variadas áreas, de veiculação da boa informação sem intermediários, sem ruído corporativo, com rapidez e maior intimidade com a realidade.
Desenhou-se, com a criação dos blogs, uma saída honrosa para a informação. O reconhecimento desse fato não demorou a chegar. Desde esferas super oficiais como a da Casa Branca que credenciou 200 blogs para a cobertura das eleições presidenciais em 2004 até a guerrilha travada pelo blogueiro de Bagdá que em 2003, durante um ano, descreveu ao mundo em sua página eletrônica “Onde está Raed?” fatos que driblaram a versão oficial e o controle da informação e que atraíram os usuários da internet bem como os da grande imprensa.
Jornalistas de Pijama – como os blogueiros foram pejorativamente chamados - irá passear por entre os 50 milhões de endereços que circulam pelo Planeta e que se multiplicam a cada minuto, dois por segundo. A proposta é trazer da viagem notícias interessantes nas várias áreas: cultura, esporte, religião, política, internacional, cidades e o que de novo se apresentar.
Claro, isso não é de hoje. Um olhar atento às manchetes de capa das várias publicações denuncia a semelhança das pautas, em sua maioria determinadas por tal mercado. E a ilusão de que há diferenças editoriais, se houver tal ilusão, virá do texto – mais ou menos criativo – de cada uma das publicações sobre o mesmo assunto.
A má informação consegue disfarçar-se em acontecimento e por esse motivo pede urgência para ser noticiada. Mas quando falamos em publicações com uma periodicidade mais espaçada, como as mensais, essa má informação fica muito evidente. Nas revistas femininas, por exemplo, é possível reconhecer surtos de matérias que invadem as bancas ao mesmo tempo. São avalanches de métodos anti-celulite (e seus respectivos produtos), alisamentos (e produtos), peles secas (e produtos), e assim por diante....Esses exemplos são bem óbvios, mas não há muita diferença nos outros segmentos, mesmo os mais sofisticados como os de notícias. No final o que prevalece é o mercado persa ( sem o charme e muito menos a clareza de intenções)
Por certo há exceções entre as publicações, mas contam-se nos dedos, talvez de uma só mão.
O meio acadêmico canta essa bola há tempos e lembra que hoje a “informação” está vinculada a categoria de entretenimento e por isso se mantém sob os auspícios da OMC, Organização Mundial do Comércio (vejam só!). Os recentes fóruns mundiais de comunicação – os oficiais - dedicaram a maior parte do tempo para debater novíssimas tecnologias, satélites e afins. Apenas nos fóruns paralelos houve a preocupação de lutar para que a “informação” seja considerada um direito humano e com isso pare de ser discutida como um produto na OMC e passe a ser discutida na esfera da ONU.
O surgimento dos blogs criou a possibilidade, principalmente por aqueles que se dedicam a comentar notícias das mais variadas áreas, de veiculação da boa informação sem intermediários, sem ruído corporativo, com rapidez e maior intimidade com a realidade.
Desenhou-se, com a criação dos blogs, uma saída honrosa para a informação. O reconhecimento desse fato não demorou a chegar. Desde esferas super oficiais como a da Casa Branca que credenciou 200 blogs para a cobertura das eleições presidenciais em 2004 até a guerrilha travada pelo blogueiro de Bagdá que em 2003, durante um ano, descreveu ao mundo em sua página eletrônica “Onde está Raed?” fatos que driblaram a versão oficial e o controle da informação e que atraíram os usuários da internet bem como os da grande imprensa.
Jornalistas de Pijama – como os blogueiros foram pejorativamente chamados - irá passear por entre os 50 milhões de endereços que circulam pelo Planeta e que se multiplicam a cada minuto, dois por segundo. A proposta é trazer da viagem notícias interessantes nas várias áreas: cultura, esporte, religião, política, internacional, cidades e o que de novo se apresentar.
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